Em dívida, porém livres da dívida
Uma semana depois de terminar o liceu, viajei com um amigo para Seattle, Washington, com a intenção de comprar uma grande quantidade de marijuana. Fizemos o negócio num parque isolado quando, de repente, fomos surpreendidos por seguranças que nos retiveram até que a polícia chegou. Nós fomos presos e colocados na cadeia até à audiência perante o juiz. Esta foi uma experiência assustadora para um jovem de 18 anos de idade e tudo o que eu conseguia pensar era como sair desta situação. Eu e o meu amigo elaboramos uma mentira. Íamos dizer que as drogas não eram nossas e que tínhamos acabado de chegar ao local quando os guardas apareceram. No dia em que fomos levados perante o juiz, tínhamos uma atitude muito arrogante, estávamos convencidos de que a mentira nos iria ajudar. Antes do processo começar, o juiz pediu-nos para lermos as acusações formais. Para minha surpresa, as acusações foram baseadas na marijuana encontrada no meu bolso e não pelas drogas encontradas no chão. Fui confrontado com um facto: eu era culpado!
Não havia mais nada a fazer além de me declarar culpado e pedir perdão. Os meus pais estavam presentes, assim como o advogado que tinham contratado para a minha defesa, mas, com uma confissão de culpa, o que eu precisava era de misericórdia. O juiz pediu uma conferência privada com o meu advogado e em poucos minutos voltou com a sua decisão. As acusações foram retiradas. Eu estava perdoado e livre para ir. Num momento fiquei livre da dívida com a justiça, mas ainda em dívida com a misericórdia.
Jesus, contou a história de um servo que devia uma grande quantia ao seu mestre. A dívida era tão grande que, no seu tempo de vida, seria impossível pagá-la. Ele e a sua família estavam prestes a ser vendidos como escravos assim como todas as suas posses para pagamento da dívida. O servo caiu de joelhos, diante do seu senhor e implorou por misericórdia e perdão. O mestre teve compaixão do seu servo e perdoou toda a sua dívida. Jesus contou esta história para ilustrar a profundidade do perdão de Deus para connosco, sendo nós indignos pecadores.
Como pecadores, todos somos devedores à justiça de Deus. A nossa dívida é tão grande que não há nada que possamos fazer para pagá-la. A justiça exige punição e pagamento pelo pecado. Na Sua misericórdia e amor por nós, Deus enviou o Seu único Filho para pagar esta dívida. A morte de Jesus, na cruz, satisfez a justiça de Deus, porque o salário do pecado é a morte. Através do derramamento do sangue inocente de Jesus, fomos perdoados dos nossos pecados. Por causa de Jesus, não somos mais devedores à sua justiça, mas ainda somos devedores da sua misericórdia e amor.
Pensa sobre o quanto deves ao amor de Deus, pois Ele deu o Seu Filho para morrer por ti, ou o quanto deves pelo Seu poder que te levantou do tormento do pecado e da morte, ou o quanto deves pela Sua graça perdoadora, que mesmo depois de caíres milhares de vezes, Ele ainda te ama e te sustém. Considera o quanto deves pela Sua imutabilidade. Embora, tu mudes continuamente Ele nunca mudou. Somos livres da dívida que nos condena, mas temos uma dívida maior pelo Seu grande atributo de amor. Muito nos foi perdoado, e agora podemos amá-Lo com todo o nosso coração. Cada dia vivemos pela Sua graça. Cada dia podemo-nos maravilhar pelo Seu grande amor por nós.
Escrituras Para Meditar:
Romanos 8:12-17; 13:8; Colossenses 2:14; Lucas 7:41-50; Mateus 18.21-35
Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.
Abençoe o ministério do Pr. James Reimer, adquirindo estes livros.
[Read the devotional «Debt Free – Yet in Debt» in English.]