Ambos/os dois
A minha comadre é uma grande cozinheira, as tartes são a sua especialidade. Ela mora perto dos nossos filhos em Nova Iorque e, cada vez que visito os meus filhos, eu faço questão de lhe pedir para fazer as suas famosas tartes. Até agora ela não me desapontou. Geralmente, ela traz uma seleção dessas “obrasprimas” quando temos um jantar de família na casa dos nossos filhos. Durante o jantar, torna-se difícil esperar pela sobremesa. O delicioso cheiro já encheu a sala. Quando ela traz a seleção das suas tartes, (maçã, abóbora, merengue de limão, etc.) nós já estamos com “água na boca”. Por norma, ela pergunta: “Jim, qual é a que queres?” Tudo o que consigo dizer é: “Sim”. Porquê escolher quando as posso provar todas?
Muitas vezes, ficamos presos a uma mentalidade de “este/ ou aquele” em vez de uma mentalidade de “ambos/os dois”. Quando achamos que devemos escolher, então vem a pergunta: “Qual é o melhor?” Paulo, o apóstolo, teve que corrigir esta atitude na igreja de Corinto. Eles estavam a dividir-se fazendo uma escolha pelo líder com quem sentiam mais ligação. Uns diziam: “Eu sou de Paulo”. Outros diziam: “Eu sou de Apolo”. Paulo disse-lhes para pararem com esta divisão de “este/ou aquele”, mas serem “ambos/os dois”. Eles faziam parte de um Corpo. Todos os ministros eram importantes e poderiam receber de todos.
Já ouvi crentes discutirem sobre o que é melhor: o fruto ou os dons. O fruto apela ao caráter e qualidade, enquanto os dons apelam à unção e ao poder do Espírito Santo. Paulo escreveu que devíamos seguir o amor e procurar com zelo os dons espirituais, (I Coríntios 14:1). Porquê escolher? É “ambos/ os dois”. Outros, argumentam sobre o que é melhor: as grandes igrejas ou as pequenas igrejas. As grandes olham para uma grande colheita de almas e o impacto que podem ter sobre a cidade, enquanto as pequenas falam sobre comunhão e sobre a qualidade de caráter. Porquê escolher? São “ambas/ as duas”.
Os discípulos tentaram impedir as crianças de virem a Jesus. Eles pensavam que Ele devia ministrar apenas aos adultos e não às crianças. Jesus repreendeu-os e disse que era para “ambos/os dois”.
Alguns argumentam em favor do Antigo Testamento e outros querem apenas seguir o Novo Testamento, mas realmente, são “ambos/os dois”. Toda a Bíblia é a revelação de Deus para o homem. Jesus repreendeu os fariseus por serem diligentes na obediência à lei, por dizimarem mesmo a hortelã, a arruda e diversas ervas, mas se esquecerem de outros aspectos importantes da lei em matéria de justiça, misericórdia e fidelidade. Ele disselhes que era necessário fazer essas coisas sem deixar de praticar as outras. Por outras palavras, eles deviam fazer “ambas /as duas”. Jesus não veio abolir a lei, mas veio para cumprir a lei. Ele resumiu toda a lei em apenas uma lei, a lei do amor.
O fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal iniciou a mentalidade “este/ou aquele”. Todos tentam determinar o que é melhor para si. A árvore da vida é uma só vontade, a vontade de Deus. Quando escolhemos a vontade de Deus sobre a nossa vontade, temos vida abundante. É uma vida onde podemos “ter o nosso bolo e também comê-lo”. É um tipo de vida “ambos/ os dois”.
Escrituras Para Meditar:
I Coríntios 3:1-9; 12:14; 14:1; Mateus 5:17; 23:23; Lucas 18:16
Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.
Abençoe o ministério do Pr. James Reimer, adquirindo estes livros.
[Read the devotional «Both/And» in English.]