Vem para casa

Há muitos anos, Will Thompson escreveu um hino que se tornou muito popular durante o movimento de Santidade no séc. XIX. Era uma chamada para voltar para o Senhor e para “Voltar a Casa”. A letra é assim:

Manso e suave Jesus, convidando
Chama por ti e por mim
Eis que Ele à porta te espera, velando
Vela por ti e por mim

(Refrão)
«Vem já, vem já! Alma cansada, vem já!»
Manso e suave Jesus, convidando
Chama: Ó pecador, vem!

«Manso e Suave» («Softly and Tenderly», Will Thompson, 1880)

Recentemente acordei com esta música na minha mente. É uma chamada para nós hoje. Jesus está a chamar: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). A vida muitas vezes deixa-nos fora do caminho, leva-nos para longe daquele lugar de paz e segurança, mas Jesus está a chamar: “Vem para casa”.

Quando o filho pródigo saiu de casa, tenho a certeza de que ele tinha as suas razões. Talvez ele quisesse tornar-se “homem”, encontrar a sua própria identidade e valor. Talvez ele estivesse aborrecido com o seu irmão, com os seus pais ou simplesmente frustrado com a sua vida. Talvez quisesse apenas divertir-se sem restrições ou julgamentos. Nós não sabemos porque é que ele saiu de casa, mas ele assim o fez. Sair de casa é fácil. Basta arrumar as malas e sair. O que é difícil é voltar a casa.

Jesus está a chamar: “Vem para casa”, mas nós ficamos longe. Tantas vozes argumentam contra a chamada de Jesus. Primeiro, o filho pródigo fechou os ouvidos a este apelo ao manter-se ocupado com entretenimentos, festas e amigos. Aumentou o som da música, preencheu a agenda, fez qualquer coisa para não ouvir esse apelo. Quando o dinheiro acabou e os amigos seguiram os seus próprios caminhos, a voz foi ouvida novamente: “Vem para casa”. Mais argumentos se levantaram para abafar essa chamada. As vozes da autopiedade: “Eu não sou digno de voltar”, “O que será que os outros pensam de mim”, “Eu nunca vou ser verdadeiramente perdoado”. E então, as vozes do orgulho: “Eles têm tantos problemas como eu”, “Eles são um bando de hipócritas, não posso voltar para lá”. Mas, no meio do orgulho, da vergonha, das distrações e dos medos surgiu o pensamento: “O meu pai ama-me”.

O Pai estava à espera que o filho regressasse, tal como Ele aguarda o nosso retorno. O amor de Deus é mais forte do que as atrações do pecado, mais convincente do que os argumentos da razão e mais persistente do que a teimosia do orgulho. Ele está de pé à porta e bate. Ele espera por nós, espera que o nosso coração esteja aberto, aguardando a nossa resposta à Sua chamada. Jesus está à espera. Ele está a acenar carinhosamente. Ele está a tocar suavemente as “cordas” do nosso coração.

Se parares e ouvires, então vais ouvir a Sua chamada: “Vem para casa meu filho, vem para casa minha doce filha. Eu preparei um banquete para ti. Vem, festeja à minha mesa mais uma vez. Vem para casa”.

Escrituras para meditar
Lucas 15:11-24; Mateus 11:28-30; Isaías 55:1-2; Romanos 8:31-35; Apocalipse 3:20

[Read the devotional «Come Home» in English.]

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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