Comunidade

Já ouviste dizer que Deus é amor? Claro que sim. Deus não tem amor, Ele é amor, é a Sua natureza. Amor requer relacionamentos. Se não for assim o amor torna-se egoísta, ou autocentrado, e isto é orgulho. Quando Deus Se revelou ao homem, Ele revelou um relacionamento trino: Pai, Filho e Espírito Santo. Quando Moisés perguntou a Deus qual era o Seu nome, Ele disse: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. Este é o meu nome eternamente e este é o meu memorial de geração em geração”, (Êxodo 3:15). Deus escolheu um homem para ter uma família, que se transformou em tribos e em nações. Através da comunidade o amor de Deus é revelado. 

Esta mensagem de comunidade é central nas Escrituras.

Por exemplo, no Velho Testamento, existem, tradicionalmente, 613 mandamentos. Destes, 248 são positivos, (coisas que devemos fazer), e 365 são negativos (coisas que não devemos fazer). Simlai, um velho sábio judeu, reparou que 248 correspondem aos 248 ossos do corpo humano e 365 aos 365 ligamentos do corpo humano. Ninguém consegue manter todas as leis, porque algumas são apenas para sacerdotes, outras para mulheres, outras para aqueles que vivem em Israel, etc. Para cumprir todas as leis é necessária uma comunidade a trabalhar em conjunto.

No Novo Testamento, a Igreja é chamada de Corpo de Cristo. Cada membro da igreja corresponde a um membro do corpo. Há diversidade nos relacionamentos. Cada um é necessário para um funcionamento pleno. A obra de Deus nunca teve a intenção de ser executada por um homem. 

Eu gosto da imagem que Isaías dá do povo de Deus. Ele compara-os a um cacho de uvas (Is. 65:8). Ele diz que no cacho há “novo vinho.” É no cacho que se encontra a bênção. O salmista escreveu que Deus coloca o solitário em família e que apenas os rebeldes permanecem em lugares secos, (abandonados). Deus é o Pai, ou iniciador, de todas as famílias. Comunidade é uma ideia d’Ele. Na comunidade Ele ordena a bênção.

Tal como o amor é revelado em comunidade, também o pecado é manifesto nos relacionamentos. O pecado é cometido, sempre, contra alguém. A sua intenção é destruir relacionamentos, em especial o nosso relacionamento com Deus. Nenhum pecado é um vácuo. A consequência do pecado envolve outros. Onde prevalece o pecado, mesmo os inocentes tornam-se vítimas. Para evitar a destruição das nossas almas e os danos colaterais, nós devemos persistir em amar a Deus com todo o nosso coração (paixão), e os outros como a nós mesmos (compaixão).

Escrituras para Meditar
Salmos 133; 68:6; Isaías 65:8; Mateus 22:37-40

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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[Read the devotional «Community» in English.]

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