O Nosso Deus de Aliança

Para entender verdadeiramente a Bíblia, precisamos primeiro entender o que significa a palavra aliança. Basicamente é um acordo formal. Pode ser um acordo entre duas ou mais pessoas, entre nações ou entre Deus e o Homem. Uma aliança é mais do que apenas um contrato, porque envolve lealdade e fidelidade. Um contrato diz: “Eu comprometo-me até certo ponto”, ou, “O que tenho a ganhar?”, ou, “Eu tenho que…”. Uma aliança diz: “Eu vou dar 100%”, ou, “O que posso dar?”, ou, “Eu quero”. É uma ligação de duas ou mais partes. Embora no hebraico, a palavra aliança seja usada mais de 300 vezes, ela também foi traduzida como testemunho ou testamento. O Novo e o Antigo Testamento referem-se à Nova e Velha Aliança. Na Bíblia, há oito alianças fundamentais e estas estabelecem a base para o relacionamento do Homem com Deus e uns com os outros.

Existem dois tipos de aliança na Bíblia: condicional e incondicional. As alianças condicionais são caracterizadas pela fórmula: “se tu fizeres, então eu farei”. Se as condições não forem cumpridas, pode resultar em punição ou mesmo no cancelamento da aliança. Assim, a resposta às condições traz bênçãos ou maldições. As alianças incondicionais são unilaterais na medida em que o autor da aliança não impõe condições ao destinatário. Esta aliança é caracterizada pela fórmula: “Eu vou”. Duas das oito alianças na Bíblia são condicionais. Estas são a aliança Edénica e Mosaica. As outras seis alianças, Adâmica, Noémica, Abraâmica, Terra de Israel, Davídica e a Nova Aliança são incondicionais. Estas são alianças baseadas na Graça e na determinação de Deus para cumprir a Sua Palavra. Pode haver condições colocadas nestes acordos incondicionais, que determinam a qualidade de vida e o grau com que se experimentam as bênçãos, mas não são a base para Deus cumprir as Suas promessas.

Para mostrar a importância e a santidade de uma aliança, cada uma deveria ser selada pelo sangue, que é a essência da vida. No Antigo Testamento, os sacrifícios dos animais foram usados para selar uma aliança, enquanto no Novo Testamento, foi o Sangue de Jesus que foi derramado. A Ceia do Senhor é uma lembrança visível e tangível desta aliança. A Nova Aliança baseia-se em melhores promessas do que a Velha e é eterna. Sob a Velha Aliança, ou aliança Mosaica, as promessas eram condicionadas à resposta do homem e o pecado do homem impedia-o de cumprir as justas exigências desta aliança. Os animais tinham que ser sacrificados repetidamente para expiar a contínua condição pecaminosa do homem, para que a aliança permanecesse em vigor. Sob a Nova Aliança, o Homem foi feito justo pelo Sangue de Jesus. Foi um ato de misericórdia e graça. O Sangue inocente de Jesus cumpriu as condições da Antiga Aliança e estabeleceu uma Nova Aliança, incondicional, de livre acesso para todos.

Deus considera a quebra de aliança entre os homens tão séria quanto a quebra da Sua Aliança. As pessoas podem negociar terminar um contrato, mas não uma aliança. Ele exige que o Seu povo seja fiel às suas alianças. Que o sim seja sim e o não seja não. Quando se entra numa aliança de casamento, pretende-se que seja uma relação duradoura, exemplificando o amor incondicional, a pureza sexual e o perdão. Não é um acordo 50/50, mas 100%. Como muitos não entendem a natureza da Aliança de Deus e a mensagem central da Bíblia, eles substituem a aliança por contrato, diluindo assim a sua capacidade de serem fiéis. Por causa da fidelidade à Sua Aliança, Deus está a chamar-nos para sermos pessoas de aliança; fiéis a Ele e aos outros.

Escrituras Para Meditar
Atos 3:25; Mateus 26:28; Deuteronómio 4:23; 33.9; Hebreus 8:6; Malaquias 2:10, 14-15; Isaías 56:4-6

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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[Read the devotional «Our Covenant God» in English.]

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