Toma o Teu Lugar: 26 de Agosto a 1 de Setembro
Não sou justo ou são, preciso de ti, Jesus!
Jesus, porém, ouvindo isso, disse: Os sãos não necessitam de médico mas sim os doentes. Ide, porém, e aprendei o que isso significa: Misericórdia quero, não sacrifícios. Pois eu não vim chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento.
— Mateus 9:12-13
Em resposta aos fariseus, que questionavam com quem se encontrava a comer, Jesus refere que não veio chamar os justos mas sim os pecadores ao arrependimento.
Mas quem são estes justos que Jesus se refere que, por outras palavras, não precisam de Jesus?
Em Romanos 3:10 refere taxativamente que “não há um justo, nem um sequer”. Então, se não há um justo, quem são os justos que Jesus se refere na conversa com os fariseus?
Quando Jesus se refere que não veio chamar os justos, refere-se àqueles que se consideram justos. Não fala de uns eventuais justos, porque não existem. Refere-se àqueles que não são justos, mas consideram-se como tal.
Naquela época, os fariseus consideravam-se a elite cumpridora dos mandamentos. E agiam como se fossem detentores de toda a verdade. Exemplo disso mesmo é o facto de ousarem questionar Jesus.
Não queriam aceitar a mudança de paradigma de Jesus estava a promover. Preferiam manter os grandes chavões religiosos, preocupando-se mais com aquilo que os outros pensavam (oravam nas esquinas para que fossem vistos e faziam questão de mostrar que jejuavam) do que com uma relação com Deus. Preferiam a religião à vida!
Transpondo este quadro para os dias de hoje, não raras as vezes, por termos adquirido um padrão de vida aceitável dentro da igreja, por sermos considerados pelos outros como autoridade espiritual, por até já termos sido usados por Deus, involuntariamente, colocamo-nos numa posição semelhante à dos fariseus. Julgamo-nos justos, sãos, em perfeito estado de saúde espiritual.
E esse sentimento leva a outros. Por exemplo, sentimos que já não precisamos responder à Palavra. Olhamos para outros com um “nível” inferior de santidade à nossa. Achamos que já não precisamos de Jesus da mesma forma que na época em que fomos salvos. Consideramo-nos com um estado razoável e aceitável.
No entanto, o que representa este tipo de posturas à luz da Palavra? Analisamos a nossa vida na perspectiva de não precisarmos tanto e tão desesperadamente de Jesus como no passado? Tudo apenas porque agora, vamos à igreja regularmente, participamos de um grupo de vida, estamos incluídos num ministério?
Não nos encontramos, por sua vez, com a mesma postura que os fariseus? Estamos mais focados em demonstrar aquilo que fazemos (oração, jejum, revelação da Palavra, manifestação de dons) que em reconhecer, de forma genuína, que somos pecadores, injustos, doentes e que precisamos de Jesus tal como no primeiro dia da nossa caminhada?
Foquemo-nos na nossa dependência de Jesus e em ajudar e acolher outros que também precisam de Jesus mas que ainda não o sabem ou não sabem como fazê-lo.
· Reconheço que preciso incessantemente de Ti Jesus;
· Não me considero justo ou são, reconheço a minha condição perante Ti;
· Quero sentar-me contigo à mesa e receber de Ti para passar essa vida aos que me rodeiam;
· Valorizo a Tua presença mais do que qualquer coisa que possa fazer.
TOMA O TEU LUGAR
A presença de Deus é a nossa prioridade, manifestar o seu reino é o nosso mandato.
Durante este ano, iremos ter para cada semana, um pequeno texto para meditares e alguns tópicos de oração. Sozinho ou em grupo, em casal ou em família, usa este recurso para que Deus tome o Seu lugar na tua vida e tu tomes o teu lugar no Seu plano.
[Publicado ao domingo, em https://www.logoscc.org/toma-o-teu-lugar]