A Sulamita
Há romance na Bíblia? Oh sim! Lê Cantares de Salomão. Este livro é a história apaixonante do rei Salomão e da sua esposa especial, a menina sulamita. Ele fala de como o amor conquista o coração de uma jovem donzela, como o amor é rejeitado e, então, como é restaurado e amadurecido. A razão pela qual este livro está incluído no cânone da Bíblia é que ele reflete o próprio coração de Deus. É tudo sobre o amor. É, em muitos aspectos, a história de Deus e do Seu povo, de Jesus e a Sua Igreja. A iniciativa deste caso de amor vem do Noivo. Ele persegue a jovem donzela e ela é conquistada pelo Seu amor. O noivo ama tudo nesta mulher. Ela é perfeita aos seus olhos. Não é assim o amor que Deus tem por nós? Ele vê-nos como completos, santos e perfeitos. Nada distrai o Senhor de nos perseguir, nada pode separar-nos do Seu amor.
O hebraico para Salomão é shelomah e o hebraico para sulamita é shulamith. Ambos os nomes vêm da palavra shalam, que significa restauração. A diferença entre os dois está no género: um é masculino e o outro feminino. Se lermos Cantares de Salomão, com isso em mente, poderemos ver um novo aspecto no romance. Mesmo que o amor seja perfeito e intenso, na sua paixão e determinação, deve haver uma resposta do amado. Não é apenas de um só lado. Deus ama-nos, isso é um fato registado (João 3:16), mas nós devemos responder. A moça sulamita teve de se abrir para ser amada por Salomão, para que o amor fosse consumado no casamento.
Salomão e a sua noiva sulamita estavam intoxicados de amor um pelo outro. Parecia que a lua-de-mel duraria para sempre. Esta linda donzela era a inveja de todo o reino. Os olhos de Salomão estavam focados na sua beleza. Ninguém mais se comparava a ela. No entanto, uma noite, o rei desejou estar com a sua noiva, mas ela não abriu a porta. Não que ela não amasse o marido, ela apenas não respondeu ao seu chamado. Quando ela finalmente abriu a porta, o seu amado tinha ido embora (5: 6). Em pânico, ela correu pelas ruas da cidade procurando o seu marido. Ela falou com as outras filhas de Jerusalém sobre o seu amor pelo marido, mas não o encontrou. Ele tinha ido embora. Isso reflete, com tanta frequência, a história do relacionamento do homem com Deus. A paixão do “primeiro amor” diminui à medida que a ocupação da vida coloca Deus no pequeno canto de “quando for conveniente”.
A sulamita, uma vez conquistada e apaixonada pelo amor do seu marido, precisa de restauração. Mas agora, deve ser sua a iniciativa de procurar por ele. Ela sabe onde encontrá-lo. Ele está entre os seus rebanhos no jardim dos lírios. No lugar secreto, ela encontra-o e grita: “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu”. Este relacionamento prefigura Cristo como noivo e a Igreja como a noiva. Ele é o restaurador e ela é, em última instância, a restaurada. O amor de Deus é constante e puro, mas precisamos de ser aperfeiçoados no nosso amor por Ele. Podemos cair e até mesmo afastarmo-nos do Seu amor, mas há restauração. A história da redenção é a história do retorno ao Senhor. É recuperar o que foi perdido. Se tu te sentes indiferente e morno no teu relacionamento com o Senhor, é hora de seres restaurado. O Senhor, o teu Salomão — o restaurador, está à tua espera. Tu sabes onde encontrá-Lo. Se simplesmente O deixares, Ele vai “desaparecer” novamente.
Escrituras para meditar
Cantares de Salomão; Apocalipse 19:7-8; Efésios 5:25-33
Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.
Abençoe o ministério do Pr. James Reimer, adquirindo estes livros.
[Read the devotional «The Shulammite» in English.]