Tu és importante
Ao explicar o quanto Deus ama cada pessoa, Jesus usou a metáfora de um pastor que deixa 99 ovelhas para procurar a que estava perdida (Lucas 15:3-7). Isto pode não parecer razoável, colocar 99 boas ovelhas em risco apenas para ir atrás de uma que se desviou, a menos que essa pessoa sejas tu. Não é que as outras não fossem tão importantes como a ovelha perdida, mas as 99 não estavam perdidas. Jesus deixou bem claro que Ele veio para procurar e salvar aqueles que estavam perdidos. Eram os doentes que precisavam de um médico, não os saudáveis. Jesus não tinha medo de atravessar barreiras sociais para alcançar aqueles que a sociedade tinha marginalizado como estando demasiado perdidos para serem salvos. Ele passou tempo com os cobradores de impostos e as prostitutas, salvou a adúltera de ser apedrejada até à morte, tocou e curou leprosos, falou com uma mulher samaritana e curou gentios. Tudo isto, qualquer bom judeu nunca teria feito.
No contexto desta parábola, os líderes religiosos queixaram-se de que Jesus recebeu e comeu com pecadores. Eles acreditavam que se alguém tivesse pecado, então deveriam ser evitados e deixados a sofrer as consequências do seu pecado. Estes fariseus sentiam que seriam contaminados pela imundície do pecado deles e por isso precisavam de se afastar muito deles. Este grupo de pessoas, a que chamavam “pecadores”, cresceu para incluir qualquer pessoa que não estivesse no seu “grupo”, como os publicanos, samaritanos, gentios, zelotas, cobradores de impostos, etc. No entanto, Jesus fez tudo para alcançar estes forasteiros. Marcos conta quando Jesus deixou as multidões para atravessar o Mar da Galileia para a terra dos Gerasenos. Aí libertou um homem possuído por mais de 2000 demónios. Ninguém podia controlar este homem endemoniado e ele estava a vaguear entre os túmulos em tormentos contínuos. Depois de Jesus ter libertado este homem das amarras de Satanás, Ele voltou para as multidões do outro lado do mar (Marcos 5:1-20). Jesus vivia o que pregava. Como Pedro escreveu, o Senhor não quer “que alguns se percam, mas que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9).
Vivemos num mundo em que o indivíduo é visto como menos importante do que o todo. A identidade individual é substituída pela bandeira colectiva. Há uma pressão constante para se escolher o clube, equipa, gangue, cor, etc. Quando se pergunta: “Quem és tu?”, a resposta é: Americano, Europeu, Africano, Judeu, Liberal, Conservador, Baptista, Pentecostal, Católico, Muçulmano, etc. A identidade do indivíduo perde-se no rótulo e o seu valor é engolido pelas exigências do grupo que ele escolheu como seu. Com este tribalismo, a conformidade é mais importante do que a convicção, e a lealdade para com o grupo mais importante do que uma relação com o Senhor. O castigo, quer seja ostracismo ou morte, é decretado contra aqueles que não cumprem o que é esperado deles. O facto é: todos nós falhamos e desviamo-nos do que é esperado de nós. Estamos todos perdidos e não há “grupo” que nos possa salvar.
Jesus está à porta de cada um e bate. Não há salvação colectiva, cada pessoa deve acreditar por si própria. Não se pode pedir boleia à fé de outra pessoa. Já ouvi dizer, e acredito, que se houvesse apenas uma pessoa na terra, Jesus viria e morreria por essa pessoa. Cada pessoa é importante e pode ligar-se a Deus com a sua própria fé. Não há “netos” no Reino de Deus, apenas filhos. Estar na igreja ou família certa não te salva. Deus ama-te e deseja um relacionamento pessoal contigo.
Escrituras para meditar
Lucas 10:30-37; 15:3-7; 19:10; João 10:16; 2 Pedro 3:9; Isaías 53:6; Apocalipse 3:20
Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.
Abençoe o ministério do Pr. James Reimer, adquirindo estes livros.
[Read the devotional «You Are Important» in English.]