O que é justo?
Jesus conta a história de um homem que contratou trabalhadores para a sua vinha. Ele prometeu-lhes um salário de um denário, que era o salário para 12 horas de trabalho. De três em três horas ao dia, ele ia novamente ao mercado e contratava mais alguns trabalhadores. Este procedimento foi repetido na sexta, bem como na nona e décima primeira hora. No final do dia de trabalho, o dono da vinha chamou todos os trabalhadores e pagou-lhes o salário, começando pelos últimos e acabando pelos primeiros contratados, dando um denário a cada um. Em vez de estarem gratos, os trabalhadores que foram primeiro contratados começaram a reclamar. Eu posso ouvi-los dizer: “Não é justo!”
Aqueles que tinham trabalhado durante todo o dia debaixo do calor escaldante sentiram que tinham sido injustiçados, porque tinham recebido um salário igual aqueles que haviam trabalhado apenas uma hora. Mas, Jesus disse: “não!”. O dono da vinha tinha sido justo, porque lhes deu exatamente o que tinham acordado. Para muitos, a equidade é baseada na comparação. É como uma criança que diz: “não é justo, ela tem dois chupa-chupas e eu só tenho um,” ou um trabalhador que diz: “Não é justo, ele recebeu um aumento no seu salário e eu não”. Esta ideia de “justiça” é muito subjetiva e contaminada pela inveja.
Justiça para Jesus era o dono ser fiel à sua palavra. Ele cumpriu com o que tinha dito. Todos concordaram sobre o salário no início do dia e por isso deviam aceitar e apreciar o facto do dono da vinha ter sido fiel à sua palavra. Quando achamos que algo não é justo, nós começamos a culpar, comparar e a justificarmonos. Quando Deus colocou Adão e Eva no Jardim do Éden, Ele disse-lhes para não comerem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ele disse-lhes que, se o fizessem, certamente morreriam. Bem, eles desobedeceram a Deus e comeram do fruto da árvore proibida. Quando confrontados, eles começaram o “jogo da culpa”: “Não é justo, foi a mulher que me deste”. “Não é justo, foi a serpente”.
Deus foi justo ao expulsá-los do jardim e ao condená-los à morte eterna. “O salário do pecado é a morte”, (Romanos 6:23). Isto é justo. O inferno é justo. O céu é um presente. Receber o que nós merecemos é justo. Os salários foram definidos de antemão. Ser perdoado é a graça. A salvação é uma dádiva, tal como aqueles que só tinham trabalhado uma hora e receberam o salário de um dia inteiro de trabalho. Isto foi a graça. Foi um presente de um chefe generoso.
Em vez de nos compararmos com os outros e desejarmos a graça e os dons que os outros possuem, devemos ser capazes de apreciar o que temos recebido e de apresentar ao Senhor um coração puro. Alegra-te quando os outros recebem a partir da bondade do Senhor. Deus é justo e bom o tempo todo.
Escrituras Para Meditar
Mateus 20:1-16; II Coríntios 10:12; Génesis 1:17; Romanos 6:23
Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.
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