Mais do que à flor da pele
Já alguma vez ouviste a expressão: “À flor da pele?” Na realidade, a maioria das pessoas compreende que a beleza está limitada à pele. São gastos biliões, todos os anos, para manter a beleza da pele, dando-lhe mais brilho e juventude. A pele protege-nos de toxinas danosas, bactérias, radiações ultravioleta, traumatismos e temperaturas extremas. Ela cobre todo o nosso corpo e é o nosso maior órgão. A nossa pele mais fina está sobre as pálpebras e tem uma espessura de 0,3 mm, a mais grossa encontra-se nas costas com uma espessura de 3,0 mm. Os homens geralmente têm a pele mais grossa do que as mulheres e as crianças têm uma pele muito fina. A pele suporta os fluídos do nosso corpo e estica com o crescimento do corpo. Consegues imaginar qual seria a nossa aparência sem pele?
A pele também estimula as nossas emoções. Diferentes formas de tocar na pele podem comunicar amor, cuidado, compreensão, irritação, ira ou desgosto. Podemos mostrar aceitação ou rejeição, por gestos como: tocar ou acariciar a pele para mostrar compaixão e afeto, repúdio ou rejeição. Metaforicamente, a pele é comparada a algo supérfluo, ou superficialidade (espessura da pele), dureza ou indiferença (pele rija), ferida (pele queimada), sensibilidade emocional (pele fina), etc. Infelizmente, muitos relacionamentos estão “à flor da pele”, o que quer dizer que são superficiais e supérfluos. Dão mais importância às aparências e importam-se em manter a imagem que desejam transmitir.
Há duas palavras principais que descrevem amor no Novo Testamento. A primeira é Phileo, esta refere-se ao amor fraternal. A segunda é Ágape, e descreve o amor de Deus, tal como revelado em Jesus Cristo. Há outras palavras usadas para descrever aspetos de amor, mas estas duas são as que aparecem com mais frequência nas Escrituras. O amor fraternal ou emocional é comum a toda a humanidade. Cada um de nós já sentiu este tipo de amor de tempos em tempos. Embora atrativo e procurado por todos, encontra-se “à flor da pele” varia de acordo com a disposição e mudanças emocionais. Podemos sentir-nos “apaixonados” um dia e não sentir o mesmo no outro dia. As pessoas sentem-se muito ligadas aos seus amigos, num dia, mas um pequeno desacordo pode mudar este ambiente de amor fraternal e leva-lo ao desinteresse ou até mesmo ao ódio.
Deus revelou-nos outro tipo de amor. O amor ágape, ele vai além da superficialidade. É o tipo de amor que perdoa todos os males cometidos. É o amor que cobre uma multidão de pecados. É o amor que permanece fiel e que cresce à medida que o tempo passa. O amor ágape vem do coração, não da pele. Se o amor que sentes por Deus é “à flor da pele”, então, é apenas uma resposta emocional a Ele, sem obediência à Sua Palavra. Se a tua experiência de amor permanecer desta forma “à flor da pele”, é superficial e está sujeito a flutuações entre o quente e o frio, interesse e indiferença. O amor de Deus por nós é penetrante e profundo. É Ágape. Passa a superfície emocional e alcança o coração, é com este amor ágape que devemos amar-nos uns aos outros. Como Pedro diz em II Pedro 1:5-7: “E por isso mesmo vós…acrescentai à piedade a fraternidade, (phileõ), e à fraternidade o amor, (ágape)”.
Escrituras Para Meditar:
João 14:20-24; I João 4:4, 20; 3:23; I Tessalonicenses 4:9; I Coríntios 13; Romanos 5:8; 13:9; Mateus 24:10-12
Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.
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