Toma o Teu Lugar: 1 a 7 de Julho

O Apóstolo Paulo, no início do capítulo 12 de Romanos, apela a que não nos conformemos com este mundo mas que sejamos transformados pela renovação da nossa mente, para podermos experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Um dos grandes pilares deste mundo é o individualismo e a independência. Impera a ideia de que quanto mais autónomo e independente, mais livre sou e maior probabilidade tenho de alcançar o sucesso. A dependência de “terceiros” é vista como uma fraqueza.

Por exemplo, certos casais optam por não se casar para, entre muitas coisas, não perderem a sua “autonomia” e “independência”. Outros, optam por casar com separação de bens. Outros ainda, fazem questão de ter vidas económicas completamente independentes. Cada um gere o seu ordenado, dividem as despesas e fazem os gastos que cada um entende por bem fazer. Esforçam-se por construir uma vida em comum mas, em simultâneo, têm necessidade de criar um espaço de autonomia e independência.

Isto é um pilar do mundo. E é nesta perspectiva que o Apóstolo Paulo exorta para que não nos conformemos com estas ideologias.

O desenho de Deus para a sua criação é exactamente o inverso. Tudo interligado, tudo dependente, cada um necessário.

Na Palavra a Igreja é descrita como sendo o corpo de Jesus. E como um corpo é composto por diversas partes, assim o corpo de Cristo (Igreja) também.

Contudo, esta ligação envolve algo difícil mas que é condição para tudo funcionar: a subordinação.

Para lutar contra isso, Deus dá-nos a fórmula: honrar uns aos outros. Ou seja, na prática, ninguém fica acima de ninguém!

Esta honra libertará a unção que, por sua vez, libertará os dons do espírito e cada um desempenhará devidamente a sua função e o corpo funcionará em perfeitas condições!

Honremo-nos uns aos outros e busquemos a dependência uns dos outros para a criação de um corpo bem ligado e com todos os membros em perfeito funcionamento.