A vara

Há uma frase no Salmo 23 que me intriga. É no versículo 4, onde se lê: “a tua vara e o teu cajado me consolam”. Eu posso entender como um cajado pode confortar, porque ele é usado para apoiar, para ajudar e para levantar. Mas a vara é um instrumento de disciplina e dor. Como é que esta pode ser um conforto?Quando eu estava na escola primária e na secundária, cada professor tinha uma régua de madeira, ou uma vara, na sua sala de aulas. Se houvesse uma necessidade de disciplina, o professor fazia o estudante ir para o corredor e lá ele/ela iria receber uma reguada. No mundo de hoje, esse tipo de punição corporal é proibida e considerada abusiva e prejudicial para o desenvolvimento de uma criança, mas quando eu estava a crescer era normal. A “vara” era temida e servia como elemento dissuasor de comportamentos desviantes.Um dos nomes de Deus é: Jeová-NawKaw, (O Senhor que bate/castiga). Ele é a vara que pune um comportamento pecaminoso. Em Ezequiel 7:9, diz: “E não te pouparei, nem terei piedade; conforme os teus caminhos, assim te punirei, enquanto as tuas abominações estiverem no meio de ti; e sabereis que eu, o Senhor, castigo”. Alguns pensam que há uma diferença entre o Deus do Antigo Testamento e o Deus revelado no Novo Testamento. Mas, Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Nada foi alterado. Ele ainda é JeováNawKaw. O facto é que o Novo Testamento revela que a Sua disciplina é reservada para aqueles a quem Ele ama e chama de filhos.A vara é um conforto, porque revela o amor de um pai para com os seus filhos. No livro de Hebreus diz que uma criança, que não é disciplinada, é como um filho bastardo ou antes, um filho sem pai. Castigar uma criança é sinal de que ela é amada pelos seus pais. Serve para impedir a criança de ter um comportamento prejudicial para si mesma e para com outros. Deus castiga o Seu povo para benefício do mesmo. O facto de Ele disciplinar deve servir de grande conforto, porque Ele só castiga aqueles que são Seus, mas Ele julga os ímpios.Ao revelar-nos o Seu nome como Jeová-NawKaw, o Senhor revela o seu ódio completo pelo pecado. Deus não pode e não vai tolerar o pecado. O pecado separa o Homem de Deus e foi a razão pela qual o Seu Filho teve que morrer na cruz. O Seu ódio intenso para com o pecado é o resultado da Sua santidade, contudo ao lidar com o Homem, Ele é muito paciente e misericordioso. Quando o castigo não é aplicado rapidamente, não é sinal de que Deus não o faça, mas é a Sua misericórdia, dando tempo para que o Homem se arrependa. No começo a Sua disciplina é através da Sua Palavra. A Palavra é enviada para convencer o Homem do seu pecado e desviálo da injustiça. Se alguém persiste na desobediência, outros meios são utilizados para encaminha-lo de volta ao trilho. É como o pai que conta até três para advertir o seu filho. A criança responde, sabendo que ao “três” outros meios serão empregues.Quando os nossos filhos eram pequenos, tínhamos a “vara” muito visível. Tudo o que tínhamos de fazer era mencionar a sua presença para a criança travessa mudar o seu comportamento. A vara é para ser temida e amada. A criança, que é disciplinada, é segura e está em paz. A sua alegria retorna depois do arrependimento. A vara é um conforto.

Escrituras Para Meditar:
Salmo 23:4; Ezequiel 7:1-9; Hebreus 12:6-11; Provérbios 13:24; 22:15; 29:15

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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