Conectando
Juntar ou conectar-se com alguém, hoje em dia, traz consigo, quase exclusivamente, uma conotação sexual. Isto é triste, porque é uma palavra importante para compreender como ter uma relação significativa com Deus e com os outros. Conectar é quando há uma intersecção que resulta em troca. Quando ligas um cabo de lâmpada à electricidade, há luz. John Maxwell escreveu o livro: Everyone Communicates Few Connect: What the Most Effective People do Differently (Todos comunicam, poucos conectam: O que as pessoas mais eficazes fazem de diferente). Trata-se de um estudo brilhante sobre a construção de relacionamentos. A conexão vai para além da superficialidade até à intimidade.
Vamos examinar como o mundo se conecta, para que possamos ver o que não devemos fazer. Depois, iremos comparar como Jesus Se conecta connosco (e como nós podemos depois conectar com Ele), para sabermos como devemos conectar-nos uns aos outros de forma saudável. O homem natural conecta-se primeiro através do contacto físico. Os seus olhos olham para outra pessoa e avaliam a possibilidade de uma ligação. Normalmente fazem-se julgamentos sobre a pessoa: se é bela, desejável e interessante. Quando existe uma atracção física, o corpo liberta químicos hormonais que afectam as emoções. A pessoa sente uma onda de energia e perda de apetite e necessidade de dormir. Este “amor à primeira vista”, muitas vezes é enganoso e de curta duração.
Com estas reacções hormonais a atrair as duas pessoas, a fase seguinte está na alma. Gasta-se tempo juntos a descobrir interesses comuns, personalidades compatíveis e ambições de vida. Os laços de alma são formados à medida que estes pontos se ligam. A fase seguinte é na área da consciência. Agora o casal compara valores e crenças. Para quem está motivado pelos impulsos físicos da carne, é fácil fazer concessões com base nas mais frágil simpatia. Poder-se-á dizer: “Ele não vai à Igreja, mas está disposto a ir comigo” ou “Ele também acredita em Deus” ou “Ela acredita em orar antes da refeição, como eu”. Estas afirmações de valor são geralmente interpretadas como se fossem a “luz verde” de Deus para ir em frente na relação.
Muitos consumam a sua relação depois de alinhar estas três áreas, mas há duas outras áreas importantes que são normalmente esquecidas. A seguinte é a do carácter. Isto está relacionado com fidelidade, paciência, bondade, e abnegação. Se alguém exige a união sexual como prova de amor, então o carácter dele não está lá para manter uma relação para o resto da vida. Se não se consegue esperar, não se consegue ficar. Isto fala acerca da capacidade de fazer um pacto. O último e mais importante ponto de conexão, que o mundo nem sequer considera, é o do Espírito. O que é que o Senhor diz sobre o relacionamento?
O Senhor liga-nos primeiro através do Espírito, depois desenvolve o nosso carácter, estabelece valores divinos, transforma a nossa mente, e cura e restaura o nosso corpo físico. Está na ordem inversa relativamente à forma como o mundo se conecta. Deus pretende relações permanentes, não apenas “uma noitada amorosa”. Ele quer que evitemos a tristeza do divórcio, infidelidade e rejeição. Deus quer que experimentemos o verdadeiro Amor e não as ligações plásticas e superficiais que o mundo está tão determinado a comercializar. Jesus fez uma conexão connosco, dando a Sua vida, e nós podemos fazer o mesmo, negando-nos a nós mesmos e tomando a cruz para O seguir. A ligação espiritual traz-nos uma vida de ressurreição; uma relação que continua ao longo de toda a eternidade. Ao ligarmo-nos a Deus, todas as outras relações adquirem um novo significado e profundidade porque são baseadas na aliança.
Escrituras Para Meditar
Hebreus 7:25; Tito 3:5; Efésios 5:25-33; 1 João 3:16; 1 Coríntios 13
Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.
Abençoe o ministério do Pr. James Reimer, adquirindo estes livros.
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