O Tabernáculo de Davi
Em 750 a.C., Amós profetizou sobre a restauração do Tabernáculo de David (Amós 9:11). Este tabernáculo, ou tenda, foi desmantelado depois da construção do Templo pelo rei Salomão. O Tabernáculo de David abrigou a Arca da Aliança durante um período de 40 anos e representa a transição do Sinai, a aliança Mosaica, para Sião, a aliança Messiânica. O tabernáculo de Moisés, que tinha abrigado a Arca desde a sua construção, foi estabelecido em Siló. Lá os levitas continuaram o seu serviço e sacrifícios diários de acordo com a Lei. Na altura em que Eli era Sumo-sacerdote, os seus filhos levaram a Arca do Tabernáculo para o acampamento do exército israelita. Eles eram homens sem grandes valores e tentaram usar a presença de Deus como um meio de obter uma vantagem pessoal. A batalha favoreceu os filisteus, Hofni e Finéias foram mortos e a Arca foi capturada.
Os filisteus regozijaram-se com a vitória e com a captura do “Deus hebreu”, mas a Arca só trouxe desastres às cidades dos filisteus onde foi albergada. Os Filisteus ficaram com medo e decidiram devolver a Arca a Israel. Primeiro foi para Bete-Semes onde vários homens da cidade profanaram a Arca ao olharem para dentro dela. A ira do Senhor irrompeu contra eles e 70 homens morreram naquele dia. Com temor, convocaram os homens de uma cidade vizinha, Quiriate-Jearim, para levarem a arca e esta ficou naquela cidade, até que David a trouxe para Jerusalém. Durante os dias do rei Saul, a religião segundo a lei, prevaleceu em Siló, mas a presença do Senhor não estava lá.
Davi, da tribo de Judá, que significa louvor, era um adorador antes de ser rei. O seu principal desejo era estar na presença do Senhor e adorá-Lo com todas as suas forças. Deus escolheu este jovem-pastor para ser o rei do Seu povo, Israel. A sua primeira prioridade ao chegar a Jerusalém, foi recuperar a presença de Deus. Com celebração, dança, sacrifícios e adoração, David trouxe a Arca para Jerusalém mas, no entanto, o Tabernáculo de Moisés ainda estava em Siló. Os rituais de adoração, segundo a Lei, ainda estavam a ser praticados. David tinha outra ordenança: a Arca deveria ser honrada por todos, acessível a todos, e Deus devia ser adorado continuamente.
O Tabernáculo de David era bem diferente do Tabernáculo de Moisés: havia oração e louvor 24/7, uso de instrumentos musicais, dança, mãos levantadas, améns como respostas às bênçãos, acções de graças e doações extraordinárias. David era um homem segundo o coração de Deus e a sua adoração refletia o seu amor e devoção para com Deus. Isto foi o que o profeta Amós imaginou quando declarou que viria um dia em que todos os povos, em todos os lugares adorariam o Senhor em Espírito e em Verdade. Os líderes da Igreja primitiva em Jerusalém viram o cumprimento desta profecia com a entrada dos gentios no Reino de Deus (Atos 15:16-17). Hoje, podemos ver a sua realização na ênfase dada à oração exuberante e ao louvor no Corpo de Cristo.
Amós falou de um tempo específico, “naquele dia”, de uma iniciativa divina, “eu levantarei”, e de uma missão global, “todas as nações”. O relógio foi estabelecido, tendo como ponto de partida o retorno de Israel, do cativeiro em todas as nações, à sua terra (Amós 9:15). Há promessas de abundância, restauração, renovação e colheita no fim do tempo. Hoje é o dia!
Escrituras para meditar
Amós 9:11-15; 1 Crónicas 13:1-4; 16:1-7; 2 Samuel 6:1-14; Salmo 61:4; Isaías 16:5; Atos 15:16-19
Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.
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[Read the devotional «The Tabernacle of David» in English.]